sábado, 16 de julho de 2011

Escolhas






Não consigo fazer planos estratégicos para o amor, não vejo essas escolhas como um planejamento de marketing ou administrativo. Não sei ser calculista para essas coisas, só sei seguir meu coração e minha intuição. Partindo deste princípio, tento ver se é realmente isso que quero, ou não! Quando a gente sente que não é possível realizar aquilo que se queria, ai sim pulamos fora, partimos para outra! São as escolhas, não é? Mas nem sempre dá para dizer não ao coração como se ele fosse um botão ON e OFF. Se é maduro quando conseguimos tomar uma decisão mesmo sem querer mas se é preciso por algum motivo! Não digo não para as coisas que quero muito, mas sei dizer um "não" convicto para todas as coisas que não me querem.
Com o passar dos anos e de acordo com as nossas escolhas, sabemos que ali existe a construção do nosso mundo interior e exterior, sabemos também que tudo terá um retorno e que nem sempre será bom! As escolhas tecem essa teia da vida, mas na minha vida essa teia só terá resistência se houver sentimentos reais naquilo que estou fazendo e escolhendo mesmo que esteja fazendo a escolha errada, mas ainda sim terei até os meus últimos dias, os cinquenta por cento de chance de dar errado ou de dar certo! Nunca teremos a certeza que queremos de cem por cento, pois se não temos o controle dos nossos próprios sentimentos, o que diria das outras pessoas!
Fazemos cem anos e não sabemos quase nada sobre a vida e as pessoas, o que sabemos é que tiramos nossas próprias conclusões sobre coisas e pessoas. Nunca saberemos mais que alguém, pois cada um tem sua história e suas experiências únicas para contar e compartilhar.

Bianca Saber Tasca

2 comentários:

Renato Basto Nassif disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renato Basto Nassif disse...

Após relacionamentos intensos por mim vividos, com momentos lindos e memoráveis, seguidos de finais não tão compatíveis, começo a entender a vida, o amor.

Busco explicações para sonhos, lutas, conquistas, derrotas , novos sonhos, novas lutas, novas conquistas e ao auge seguidos de novas derrotas...

Pergunto porque não conseguirmos manter nossas conquistas?

Na história da humanidade, grandes impérios, sucumbem após seu auge, e em nossas vidas isto não é diferente...

Entendo finalmente que o que vale não é a conquista em si, e sim a intensidade com que se vive os momentos dentro de cada uma, tornando-os infinitos enquanto durem...

São os momentos que ficam em nossa alma, no nosso coração com a participação de alguém que já não mais existe em nossa vida, mas que na real nunca foi seu, isso não é uma perda, pois só perdemos o que é nosso e os nossos sentimentos e emoções, estes sim nos acompanharão AD ETERNUS...

Compreendo então a plenitude do meu amor em cada vão momento, tentando viver intensa e infinitamente o que um dia eventualmente poderá de fato ser meu e de mais alguém na totalidade de sua existência...

Continuo então a busca enquanto faço minhas as palavras do Poeta Vinicius de Moraes...

De tudo ao meu amor serei atento antes,
e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.